A 30ª edição do Monsters of Rock aconteceu neste sábado (19), no Allianz Parque, em São Paulo, reunindo verdadeiros titãs do hard rock e do metal. Com performances marcadas por potência e alta qualidade musical, o festival entregou exatamente o que se espera dos lendários “dinossauros do rock”: técnica apurada, presença de palco e um repertório que atravessa gerações. [Miriam Gil Albert (Scorpions Instagram) / Josh Chaikin (Judas Priest Instagram)]
STRATOVARIUS
O dia começou cedo, com os finlandeses do Stratovarius trazendo seu som melódico e virtuoso pontualmente às 11h30 e agitando a plateia que havia acabado de entrar na arena sob um forte sol. A banda fez um setlist de 10 músicas passando por diversas fases de sua carreira, incluindo clássicos como "Hunting High And Low", "Black Diamond", "Forever Free", além de canções do mais recente álbum, "Survive" (2022), como a própria faixa-título e "World On Fire".
Vale destacar que, neste momento, as arquibancadas já estavam bem cheias em ambos os lados. No entanto, muitos fãs relataram que perderam o início do show nos setores da pista devido à longa fila que ainda se formava do lado de fora do Allianz Parque, mesmo com o evento já em andamento.
OPETH
Quando o relógio bateu 12h55, foi a vez do Opeth demonstrar toda sua qualidade e técnica. Com músicas relativamente grandes, os suecos liderados por Mikael Åkerfeldt fizeram um setlist de sete faixas - incluindo "§1" e "§3", do álbum "The Last Will and Testament", lançado em 2024 -, misturando momentos pesados e sombrios, com passagens suaves e melódicas. A execução de “Ghost Of Perdition” e “Deliverance” certamente foi um dos ápices da performance.
QUEENSRŸCHE
Dispensando um de seus maiores hits, "Silent Lucidity", o Queensrÿche fez um show pesado, focado em faixas mais técnicas e enérgicas do seu repertório. Com destaque para “Queen of the Reich”, "Walk In The Shadows", "Operation: Mindcrime" e "Eyes Of A Stranger", que fechou a apresentação, a banda mostrou sintonia e pegada afiada, empolgando principalmente os fãs mais antigos.
SAVATAGE
Um dos shows mais aguardados do festival, o Savatage fez seu retorno aos palcos, quebrando um hiato de 10 anos, e uma volta ao Brasil após 24 anos. E os americanos não decepcionaram, entregando um show emocionante, repleto de clássicos como “Hall Of The Mountain King” e “Gutter Ballet”, que levou o público à loucura. Trazendo na formação Zak Stevens (no vocal), Chris Caffery e Al Pitrelli (nas guitarras), Johnny Lee Middleton (no baixo) e Jeff Plate (na bateria), a banda também prestou uma emocionante homenagem ao membro fundador e tecladista Jon Oliva, que não pôde se juntar à turnê devido a uma grave fratura na vértebra, que o deixou dependente de cadeira de rodas, além de um diagnóstico recente de esclerose múltipla. O tributo ocorreu durante "Believe", quando Jon Oliva apareceu no telão, saudando os fãs, enquanto cantava e tocava piano na música.
EUROPE
Com uma difícil tarefa de suceder o show do Savatage, o Europe entrou no palco às 17h20 e não se acanhou, fazendo uma excelente performance. Com um show já um pouco maior que os anteriores, os suecos embalaram o público e o vocalista Joey Tempest mostrou que ainda é dono de um baita vozerão e presença de palco, principalmente em músicas como "Carrie", "Superstitious", que contou com um medley de "No Woman No Cry", de Bob Marley, encerrando com nada menos que "The Final Countdown".
JUDAS PRIEST
E chegou o momento em que "War Pigs", do Black Sabbath, soa no estádio anunciando que o Judas Priest está pronto para subir ao palco. Rob Halford e companhia iniciaram o show já sob um céu noturno no Allianz Parque, às 19h10, trazendo a mestria do heavy metal clássico. Com 73 anos, Halford é o verdadeiro sinônimo de um "Monstro do Rock", iniciando a performance com "Panic Attack" emendando "You've Got Another Thing Coming" na sequência, sem dar tempo para que o público pensasse em ficar parado.
A banda desfilou clássicos com uma precisão cirúrgica, provando por que segue no topo mesmo após cinco décadas de estrada. Momentos como “Turbo Lover”, “Breaking the Law” e “Painkiller” incendiaram a plateia. O ápice certamente veio com a icônica entrada de Halford montado em sua Harley-Davidson para "Hell Bent For Leather" e o clima de festa em "Living After Midnight", fazendo jus ao legado da banda, em um verdadeiro culto ao heavy metal.
SCORPIONS
Assim como no Rock in Rio de 2019, a banda liderada por Klaus Meine teve novamente a missão de encerrar um grande festival — e mais uma vez, o fez em grande estilo. Mesmo diante de um público visivelmente exausto após mais de sete horas em pé, sob sol escaldante e uma chuva (noturna) insistente que caiu até o fim do evento, o desafio foi encarado de frente.
Iniciando o show às 21h25 com a frenética "Coming Home", o Scorpions transitou pelos 60 anos de carreira, alternando entre músicas pesadas e baladas emocionantes que ajudaram a consagrar a banda como uma lenda viva do rock. Mesmo sentindo o peso da idade, Klaus Meine, aos 76 anos, segue carismático e inteligente no palco — sabe exatamente quando deixar o público assumir os refrões mais exigentes, como em “Send Me an Angel”, “Wind of Change” e “Still Loving You”. Uma decisão sábia, que transforma esses momentos ainda mais marcantes.
A banda, formada hoje também por Rudolf Schenker e Matthias Jabs (nas guitarras), Pawel Maciwoda (no baixo) e Mikkey Dee (na bateria), funciona como uma máquina bem calibrada, habilidosa e cheia de presença de palco, com destaque para Dee, ex-Motorhëad, sempre exaltado pelo público do metal.
Confira o SETLIST de cada show abaixo:
Stratovarius
"Forever Free"
"Eagleheart"
"World On Fire"
"Speed Of Light"
"Paradise"
"Survive"
"Eternity"
"Black Diamond"
"Unbreakable"
"Hunting High And Low"
Opeth
"§1"
"Master's Apprentices"
"§3"
"In My Time Of Need"
"Ghost Of Perdition"
"Sorceress"
"Deliverance"
Queensrÿche
"Queen of the Reich"
"Operation: Mindcrime"
"Walk In The Shadows"
"I Don't Believe In Love"
"Warning"
"The Needle Lies"
"The Mission"
"Nightrider"
"Take Hold Of The Flame"
"Empire"
"Screaming in Digital"
"Eyes Of A Stranger"
Savatage
"The Ocean"
"Welcome"
"Jesus Saves"
"The Wake of Magellan"
"Dead Winter Dead"
"Handful Of Rain"
"Chance"
"Gutter Ballet"
"Edge Of Thorns"
"Believe"
"Sirens"
"Hall Of The Mountain King"
Europe
"On Broken Wings"
"Rock The Night"
"Walk the Earth"
"Scream of anger"
"Sign Of The Times"
"Hold Your Head Up"
"Carrie"
"Last Look At Eden"
"Ready Or Not"
"Superstitious" (com trecho de "No Woman No Cry", de Bob Marley & The Wailers)
"Cherokee"
"The Final Countdown"
Judas Priest
"Panic Attack"
"You've Got Another Thing Coming"
"Rapid Fire"
"Breaking the Law"
"Riding On The Wind"
"Love Bites"
"Devil's Child"
"Crown of Horns"
"Sinner"
"Turbo Lover"
"Invincible Shield"
"Victim Of Changes"
"The Green Manalishi" (Fleetwood Mac cover)
"Painkiller"
Bis:
"The Hellion (Instrumental)"
"Electric Eye"
"Hell Bent For Leather"
"Living After Midnight"
Scorpions
"Coming Home"
"Gas In The Tank"
"Make It Real"
"The Zoo"
"Coast To Coast"
"Top Of The Bill" / "Steamrock Fever" / "Speedy's Coming" / "Catch Your Train"
"Bad Boys Running Wild"
"Send Me An Angel"
"Wind Of Change"
"Loving You Sunday Morning"
"I'm Leaving You"
"Tease Me Please Me"
"Big City Nights"
"Still Loving You"
Bis:
"Blackout"
"Rock You Like A Hurricane"
STRATOVARIUS
O dia começou cedo, com os finlandeses do Stratovarius trazendo seu som melódico e virtuoso pontualmente às 11h30 e agitando a plateia que havia acabado de entrar na arena sob um forte sol. A banda fez um setlist de 10 músicas passando por diversas fases de sua carreira, incluindo clássicos como "Hunting High And Low", "Black Diamond", "Forever Free", além de canções do mais recente álbum, "Survive" (2022), como a própria faixa-título e "World On Fire".
Vale destacar que, neste momento, as arquibancadas já estavam bem cheias em ambos os lados. No entanto, muitos fãs relataram que perderam o início do show nos setores da pista devido à longa fila que ainda se formava do lado de fora do Allianz Parque, mesmo com o evento já em andamento.
OPETH
Quando o relógio bateu 12h55, foi a vez do Opeth demonstrar toda sua qualidade e técnica. Com músicas relativamente grandes, os suecos liderados por Mikael Åkerfeldt fizeram um setlist de sete faixas - incluindo "§1" e "§3", do álbum "The Last Will and Testament", lançado em 2024 -, misturando momentos pesados e sombrios, com passagens suaves e melódicas. A execução de “Ghost Of Perdition” e “Deliverance” certamente foi um dos ápices da performance.
QUEENSRŸCHE
Dispensando um de seus maiores hits, "Silent Lucidity", o Queensrÿche fez um show pesado, focado em faixas mais técnicas e enérgicas do seu repertório. Com destaque para “Queen of the Reich”, "Walk In The Shadows", "Operation: Mindcrime" e "Eyes Of A Stranger", que fechou a apresentação, a banda mostrou sintonia e pegada afiada, empolgando principalmente os fãs mais antigos.
SAVATAGE
Um dos shows mais aguardados do festival, o Savatage fez seu retorno aos palcos, quebrando um hiato de 10 anos, e uma volta ao Brasil após 24 anos. E os americanos não decepcionaram, entregando um show emocionante, repleto de clássicos como “Hall Of The Mountain King” e “Gutter Ballet”, que levou o público à loucura. Trazendo na formação Zak Stevens (no vocal), Chris Caffery e Al Pitrelli (nas guitarras), Johnny Lee Middleton (no baixo) e Jeff Plate (na bateria), a banda também prestou uma emocionante homenagem ao membro fundador e tecladista Jon Oliva, que não pôde se juntar à turnê devido a uma grave fratura na vértebra, que o deixou dependente de cadeira de rodas, além de um diagnóstico recente de esclerose múltipla. O tributo ocorreu durante "Believe", quando Jon Oliva apareceu no telão, saudando os fãs, enquanto cantava e tocava piano na música.
EUROPE
Com uma difícil tarefa de suceder o show do Savatage, o Europe entrou no palco às 17h20 e não se acanhou, fazendo uma excelente performance. Com um show já um pouco maior que os anteriores, os suecos embalaram o público e o vocalista Joey Tempest mostrou que ainda é dono de um baita vozerão e presença de palco, principalmente em músicas como "Carrie", "Superstitious", que contou com um medley de "No Woman No Cry", de Bob Marley, encerrando com nada menos que "The Final Countdown".
JUDAS PRIEST
E chegou o momento em que "War Pigs", do Black Sabbath, soa no estádio anunciando que o Judas Priest está pronto para subir ao palco. Rob Halford e companhia iniciaram o show já sob um céu noturno no Allianz Parque, às 19h10, trazendo a mestria do heavy metal clássico. Com 73 anos, Halford é o verdadeiro sinônimo de um "Monstro do Rock", iniciando a performance com "Panic Attack" emendando "You've Got Another Thing Coming" na sequência, sem dar tempo para que o público pensasse em ficar parado.
A banda desfilou clássicos com uma precisão cirúrgica, provando por que segue no topo mesmo após cinco décadas de estrada. Momentos como “Turbo Lover”, “Breaking the Law” e “Painkiller” incendiaram a plateia. O ápice certamente veio com a icônica entrada de Halford montado em sua Harley-Davidson para "Hell Bent For Leather" e o clima de festa em "Living After Midnight", fazendo jus ao legado da banda, em um verdadeiro culto ao heavy metal.
SCORPIONS
Assim como no Rock in Rio de 2019, a banda liderada por Klaus Meine teve novamente a missão de encerrar um grande festival — e mais uma vez, o fez em grande estilo. Mesmo diante de um público visivelmente exausto após mais de sete horas em pé, sob sol escaldante e uma chuva (noturna) insistente que caiu até o fim do evento, o desafio foi encarado de frente.
Iniciando o show às 21h25 com a frenética "Coming Home", o Scorpions transitou pelos 60 anos de carreira, alternando entre músicas pesadas e baladas emocionantes que ajudaram a consagrar a banda como uma lenda viva do rock. Mesmo sentindo o peso da idade, Klaus Meine, aos 76 anos, segue carismático e inteligente no palco — sabe exatamente quando deixar o público assumir os refrões mais exigentes, como em “Send Me an Angel”, “Wind of Change” e “Still Loving You”. Uma decisão sábia, que transforma esses momentos ainda mais marcantes.
A banda, formada hoje também por Rudolf Schenker e Matthias Jabs (nas guitarras), Pawel Maciwoda (no baixo) e Mikkey Dee (na bateria), funciona como uma máquina bem calibrada, habilidosa e cheia de presença de palco, com destaque para Dee, ex-Motorhëad, sempre exaltado pelo público do metal.
Confira o SETLIST de cada show abaixo:
Stratovarius
"Forever Free"
"Eagleheart"
"World On Fire"
"Speed Of Light"
"Paradise"
"Survive"
"Eternity"
"Black Diamond"
"Unbreakable"
"Hunting High And Low"
Opeth
"§1"
"Master's Apprentices"
"§3"
"In My Time Of Need"
"Ghost Of Perdition"
"Sorceress"
"Deliverance"
Queensrÿche
"Queen of the Reich"
"Operation: Mindcrime"
"Walk In The Shadows"
"I Don't Believe In Love"
"Warning"
"The Needle Lies"
"The Mission"
"Nightrider"
"Take Hold Of The Flame"
"Empire"
"Screaming in Digital"
"Eyes Of A Stranger"
Savatage
"The Ocean"
"Welcome"
"Jesus Saves"
"The Wake of Magellan"
"Dead Winter Dead"
"Handful Of Rain"
"Chance"
"Gutter Ballet"
"Edge Of Thorns"
"Believe"
"Sirens"
"Hall Of The Mountain King"
Europe
"On Broken Wings"
"Rock The Night"
"Walk the Earth"
"Scream of anger"
"Sign Of The Times"
"Hold Your Head Up"
"Carrie"
"Last Look At Eden"
"Ready Or Not"
"Superstitious" (com trecho de "No Woman No Cry", de Bob Marley & The Wailers)
"Cherokee"
"The Final Countdown"
Judas Priest
"Panic Attack"
"You've Got Another Thing Coming"
"Rapid Fire"
"Breaking the Law"
"Riding On The Wind"
"Love Bites"
"Devil's Child"
"Crown of Horns"
"Sinner"
"Turbo Lover"
"Invincible Shield"
"Victim Of Changes"
"The Green Manalishi" (Fleetwood Mac cover)
"Painkiller"
Bis:
"The Hellion (Instrumental)"
"Electric Eye"
"Hell Bent For Leather"
"Living After Midnight"
Scorpions
"Coming Home"
"Gas In The Tank"
"Make It Real"
"The Zoo"
"Coast To Coast"
"Top Of The Bill" / "Steamrock Fever" / "Speedy's Coming" / "Catch Your Train"
"Bad Boys Running Wild"
"Send Me An Angel"
"Wind Of Change"
"Loving You Sunday Morning"
"I'm Leaving You"
"Tease Me Please Me"
"Big City Nights"
"Still Loving You"
Bis:
"Blackout"
"Rock You Like A Hurricane"