O velho peão de tropa Que há tempos perdeu sua amada, A lo largo em suas tropeadas Foi cerrando a ponta da vida, Como uma tropa estendida Ao longo de um corredor E o passo manso do gado Deixou rastros no passado E o tempo fez o fiador!
Tranqueando num corredor, Na culatra de uma tropa, Garoa fria tocada, Chapéu erguido na copa.
Poncho Bueno, não bandeia, Relíquia de Fiateci, A baeta colorada E a canha pura lhe aquecem.
O tordilho troca orelha Olhando atendo pra o gado, Um pingo de virar o xergão, Por ele mesmo domado.
Na ronda um minuano sujo Obriga o chapéu na aba, Lhe toca o último quarto, Hora em que a lua se apaga.
Já na culatra da vida Não possui “obrigação”, Só a saudade de um amor Na ponta do coração.
E do ofício tropeiro Resta o poncho por guarida, O seu buerana estradeiro E poucas braças de vida.
E uma saudade, de tiro, Tranqueia junto ao tordilho. Um sentimento tropeiro De um viver andarilho.
Brota na alma a lembrança De um amor que já se foi E ele espanta a saudade Num grito de “era boi!”
Compositores: Cristiano Dorneles Fantinel (Cristiano Fantinel) (ABRAMUS), Maximiliano Alves de MoraesPublicado em 2012 (31/Ago) e lançado em 2012 (01/Set)ECAD verificado obra #12654389 e fonograma #2582344 em 05/Mai/2024 com dados da UBEM